A Bastarda de Istambul foi o livro que acabei de
ler.
Devo confessar que o título deste livro atraiu-me de imediato e
quando vi a capa, bem foi das capas mais giras que vi. Fiquei rendida.
(A imagem não faz justiça à capa vista ao vivo e a cores!!)
No
entanto, quando comecei a lê-lo a leitura não se fez tão rápida quanto eu
pensaria. A autora apresentou alguns «cenas» desconexas demorando a entrar na
história propriamente dita. Também tive alguma dificuldade em fixar o nome das
personagens, mas nunca pensei largar o livro, pois não tenho por hábito faze-lo
( e ainda bem que não o fiz), e verdade seja dita a autora escreve de uma forma
original... mas já o livro ia a meio quando a história começou a fazer sentido e
se juntaram as peças todas.
O livro salta entre o passado e o presente, e também entre dois continentes. Conta a história de
duas jovens uma arménio-americana e a outra turca.
Através dessas duas personagens, ficamos a saber mais sobre o antigo conflito arménio-turco
("entre 1915 e 1923 a arménia sofreu
o que os historiadores consideram o primeiro genocídio do século XX, perpetrado
pelo Império Otomano e negado até hoje pela República da Turquia. As mortes são
estimadas em 1,5 milhão de arménios e a deportação de milhões de outros,
fazendo com que a Arménia tenha uma diáspora gigantesca pelo mundo, de
descendentes que fugindo das perseguições, tomaram o rumo de países como
França, Estados Unidos, Argentina, Brasil, Líbano e muitos outros."-
retirado da Wikipédia) .
Nota de rodapé: A Bastarda de Istambul levou a autora à barra de tribunal. Acusada de denegrir a imagem turca.
Algumas frases do livro:
«Concede-me a benção dos ignorantes ou dá-me a força para aguentar o conhecimento. Ficarei grata com aquilo que escolheres, mas, por favor, não me tornes impotente e sábia ao mesmo tempo.»
«Todas as famílias felizes são parecidas, mas cada família infeliz, é infeliz à sua própria maneira.» « O Homem nasce livre, mas em toda a parte vive acorrentado. Na realidade, a diferença é que o selvagem vive em si mesmo, enquanto o homem social vive fora de si mesmo e só pode viver na opinião dos outros, de modo que parece receber o sentimento da sua própria existência apenas através do juízo que os outros fazem a seu respeito.»
Experimentei e... não gostei, não gosto, nem gostarei!
Como desempregada que estou, estou obrigada a apresentação quinzenal na junta de freguesia da minha área de residência ou no IEFP. «Nos entretantos» não convém afastar-me muito, não vá receber alguma convocatória para ir a uma reunião da treta. É que se faltas a essa reunião da treta injustificadamente corres o risco de perder o subsídio.
Por outro lado se por alguma razão tivesse sido constituída arguida, de algum processo crime, poderia ter-me sido aplicada a medida de coação menos grave de termo de identidade e residência, que consiste, para além da identificação do arguido e da indicação da sua residência, em o arguido ficar obrigado a comparecer perante as autoridades sempre que a lei o obrigar ou para tal for notificado.
Agora alguém me explique como se eu fosse muito burra.
escrito pelo famoso Gabriel Garcia Marques, nascido na Colômbia.
Tenho que admitir que no inicio fiquei
um pouco intimidada e confusa com tantos flashbacks e inserções de um enredo
dentro do outro. Mas pouco a pouco fiquei «agarrada». A escrita do autor é singular.
Outra característica que se observa é a
riqueza de detalhes, sendo fácil a elaboração de um cenário mental. Resumo, resumido:
Uma
história de amor vivida ao longo de mais de meio século, passada numa cidade da
América do Sul dos tempos coloniais (às portas do século vinte), onde os seus
protagonistas, Florentino e Fermina, se perdem de amores um pelo outro nas suas
adolescências, e só materializam esse mesmo amor cinquenta e três anos depois,
após quase toda uma vida de idealização, por parte de Florentino, e de
vivências frustradas, por parte de Fermina.
Esta obra foi adaptada ao cinema por Mike Newell).
Com...
Javier Bardem
Giovanna Mezzogtorno
Benjamim Bratt
Quero ver!!
Aqui fica o trailler:
( Prefiro ler o livro sempre antes do filme. Na grande maioria das vezes fico desiludida com o filme. A ver vamos...)
Deixo aqui algumas frases do livro:
“Tinha ido descobrindo aos poucos a insegurança
dos passos do marido, seus transtornos de humor, as fissuras de sua
memória, seu costume recente de soluçar durante o sono, mas não os
identificou como os sinais inequívocos do óxido final e sim como uma volta
feliz à infância. Por isso não o tratava como a um ancião difícil e sim como a
um menino senil, e esse engano foi providencial para ambos porque os pôs a
salvo da compaixão.”
“Mas
se alguma coisa haviam aprendido juntos era que a sabedoria nos chega quando já
não serve de nada.”
“Bastou
ao médico um interrogatório insidioso,primeiro a ele e depois à mãe para
comprovar uma vez mais que os sintomas do amor são os mesmos do cólera.”
“–
Responda a ele que sim – disse.– Ainda que você esteja morrendo de medo, ainda
que depois se arrependa, porque seja como for você se arrependera a vida inteira
se disser a ele que não.”
“Mas ao contrário daquela vez não sentiu agora
a comoção do amor e sim o abismo do desencanto. Num instante teve a revelação
completa da magnitude do próprio engano.”
“Era
ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más
lembranças e e enaltece as boas e que graças a esse artifício conseguimos
suportar o passado.”
“Nunca teve pretensões de amar e ser amada,
embora sempre nutrisse a esperança de encontrar algo que fosse como o amor, mas
sem os problemas do amor.”